Porque os Senadores.

Porque o Senado é a Casa revisora das Leis,
Porque o Senado é o poder que fiscaliza o Executivo e
Porque no Senado deveria estar a experiência a serviço do país.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Se o senhor não tá lembrado,

Senhor senador Pedro Simon,

 “Se o senhor não tá lembrado dá licença de contar – Saudosa Maloca / Adoniran Barbosa”
Lá pelos idos de fevereiro de 2009 a denúncia do senador Jarbas Vasconcelos de que o PMDB – seu partido – teria se especializado em corrupção, gerou dois fatos contundentes: Os deputados Gustavo Fruet e Gabeira lançaram uma frente parlamentar anticorrupção destinada a dar, e deu, em águas de bacalhau. Os presidentes do Senado e da Câmara – Sarney e Temer anunciaram a criação de uma comissão mista para consolidar dentro de 30 dias todos os projetos de reforma para moralizar a política brasileira. Vindo de quem veio, a iniciativa pasmou os contribuintes e passados um ano e meio o relator da reforma – deputado gaúcho petista Henrique Fontana – está num emaranhado de emendas tentando defender os interesses do PT na reforma que se deteve, na eleitoral. Nem passou perto dos objetivos originais do senador Jarbas que era afastar os partidos da roubalheira generalizada e hoje apelidada de – Mal feito - patrocinada pela governabilidade.
Em 15 de Agosto último o senhor encabeçou um grupo de senadores e relançou a Frente Suprapartidária Anticorrupção destinada, como a outra, a dar em águas de bacalhau. Senador, sem querer desestimulá-lo, como é que alguma coisa suprapartidária pode ser contra a corrupção se a bandalheira e a roubalheira é a mola que move os partidos no vai e vem da governabilidade? Não é o que agora vemos nos feudos do PMDB, do PR, do PDT, do PP e do PCdoB?
Como é que a Dilma poderá governar se não se vender (votos e emendas) aos donos dos partidos? Lembre-se que os partidos que permitem a governabilidade já começam a roubar quando vendem o seu tempo de TV na propaganda eleitoral, quando se apropriam dos cargos públicos que deveriam ser preenchidos pelos funcionários de carreira. Os incompetentes ali colocados não passam de pontas de lança partidários que irão negociar os projetos com as Ongs dos partidos que recebem dinheiros públicos e com as empresas que as suportam com notas fiscais falsas para justificar o desvio para os caixas 2 dos partidos e para os bolsos de 1 a 101 dos donos, familiares e partidários dos feudos da governabilidade.
Senador, a lambança chegou a tal ponto que o título – Partido Político – nos remete à imagem de uma pocilga mal enjambrada e repleta de porcos gordos chafurdando na lama e sabemos que esse nosso regime meio presidencialista, meio parlamentarista nunca vai se livrar dessa praga em que 29 partidos se acotovelam numa barraca de feira tentando vender alguma coisa ao governo da hora.
Prezado Simon, se alguma dessas Frentes conseguir fazer com que parlamentares sejam parlamentares e não arremedos de ministros de Estado ou presidentes de Estatais, se Ongs não puderam mais meter a mão em dinheiro público, o senhor pode ter a certeza que o vosso movimento suprapartidário valeu para muita coisa.

Abraços,
Maltez

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