Prezado senador Lindbergh,
Lembro também, que o senador Requião fez menção de emendar a coisa, impedindo que senador ou deputado abandone o mandato para se bandear para o Executivo na função de ministro ou coisa que o valha, abrindo a vaguinha para o suplente sem voto, mas isso é coisa inconcebível pois a tramoia já é pensada lá na candidatura. Nunca iria passar.
Voltando no projeto da dona Gleisi, vejo aqui que a coisa andou na Comissão de Assuntos Econômicos e em março o presidente Delcídio o nomeou como relator do processo e o senhor quase fez a sua parte, já que o relatou e já está entregue ao Delcídio desde 07 de Julho. Agora, quando é que o Delcídio vai coloca-lo em votação e se aprovado manda-lo adiante, são outros quinhentos, talvez ao final do mandato dele.
Mas, quando digo que o senhor quase fez a sua parte, me refiro ao seu esquecimento de remover o Artigo 1º. do avulso da matéria em que a senadora Gleisi mantém a grana no início e no final do mandato dos congressistas sob a justificativa de compensar as despesas de mudança e transporte. Sinceramente, me aponte um, unzinho docêis que tenha se mudado de armas e bagagens para a capital da República Federativa ao assumir o mandato. Se mudou, aí sim, vamos pensar em compensá-lo, mas aos que vêm e vão como mariposas todas as terças e quintas e para isso os pagamos, vamos pagar por quais mudanças e transportes? Diz aí senador!
Esqueceu-se ela, a senadora Gleisi, e também ao senhor passou desapercebido, que aos congressistas do Distrito Federal isso nunca poderia ser devido sob a ótica da compensação por despesas de mudança e transporte, pois eles aí já estavam e aí continuam, não é mesmo, senador ? Ou vale mudança da Candangolândia para o Lago Sul por causa do novo salário?
Senador, o senhor deve saber que essa coisa de 14º. e 15º. pegou tanto que tem até deputado estadual e vereador que recebe isto, escudado no direito comparado – se eles, senadores, têm, porque eu não? Só que eles, como os senhores não se mudam mesmo e todo mundo sabe, chamaram, então, a coisa de “verba paletó”. É para o coitadinho comprar um terninho chora e ri (enterro e casamento) uma camisa dessas de lista azul com colarinho e punhos brancos, outra roxa ou preta e uma gravata de bolinhas. Pode senador? Um cara que vai ganhando 20 mil pilas por mês, não ter dinheiro para comprar uma cueca e um par de meias? Tenha a santa paciência, é nos fazer de imbecis.
Mas, voltando à vaca morna, eu acho é que o senhor deveria pedir ao senador Collor o seu saco roxo emprestado e acabar com essa pouca vergonha de uma vez, extensivo às Câmaras e Assembleias Legislativas, mas se ele não emprestar, pelo menos acabe com isso para os congressistas do Distrito Federal, pois é muito feio.
Isto, se os senhores ainda souberem o que, para nós, é feio.
Abraços,
Maltez
Nenhum comentário:
Postar um comentário