O nosso é melhor

Senhores senadores da Saúde,

Como sempre o Cláudio Humberto aguça a nossa curiosidade. Hoje nos informa que o deputado petista sergipano Gilberto Carvalho, a frente de uma comitiva parlamentar da Sub Comissão do SUS fez uma revoada por Londres e Paris para conhecer os SUSs de lá. Como não dá detalhes, fomos ao Blog do deputado para entender a coisa melhor e saber como e porque foram gastar o nosso durante nove dias e noites na Europa em crise.

Embora não fale uma vírgula sobre a gestão do sistema que é o que falta aqui, chegaram a conclusões interessantes, que qualquer internauta mais safo poderia concluir consultando o Google, mas pelo Google não dá para sentir a magia do verão parisiense que com o sol se pondo às 21:00h oferece muitas horas a mais para passeios maravilhosos e gratuitos para eles.

Vamos lá ver o que diz o deputado, treinando em SUS:

“ Eu achei interessante pois os ingleses estão fazendo o que nós fizemos aí, aqui eles estão instalando fundações para aumentar a capacidade de ofertar serviços. Com uma diferença, nós, em Sergipe optamos por criar fundações publicas e eles estão criando fundações privadas. Além disso, aqui na Inglaterra agora é que os municípios estão ganhando autonomia para gerir a saúde, o que no Brasil já acontece há muito tempo”.

- Pois é, lá as Fundações são privadas e aqui são públicas, mas o deputado não diz o porque disso. Será porque aqui, sendo públicas, sobra espaço para empregar a parentada, os cabos eleitorais e a cupinchada?

- Só agora é que os municípios ingleses vão poder gerir a Saúde, coisa que os nossos já o fazem a muito tempo com uma capacidade imensa para o desvio de recursos e para implantarem um sistema quase perfeito de ambulancioterapia com o apoio da máfia das ambulâncias do Vedoin, envolvendo três senadores e 69 deputados.

“ É um sistema completamente diferente do Brasil, aqui na França, o cidadão deposita uma quantia para esta Caixa que funciona como uma espécie de seguradora. Quando há a necessidade de atendimento, a Caixa paga uma parte e o cidadão paga outra, ou seja, não é um sistema gratuito como o nosso.

A pois, tá certo. O cidadão francês paga uma parte pelo atendimento e aqui é totalmente gratuito. Não disse o deputado, que aqui o cidadão que não quiser morrer na porta dos hospitais, vai ter que pagar sim, não ao SUS, mas aos planos de saúde particulares que os velhinhos do INSS já não conseguem mais pagar porque o Lula garfou e a Dilma continua garfando a sua aposentadoria.

O que não deu para concluir nas observações dos nobres deputados é se os europeus querem copiar o nosso sistema que beira à perfeição ou nós é que queremos copiar os deles para estragar o nosso. A última observação é que deixa margem à dúvidas.

O deputado federal João Ananias, conta ainda que a comitiva visitou o  Doutor  Alan Rossenbach no departamento de auditoria e fiscalização dos serviços hospitalares  “ É interessante que eles mantém um sistema de monitores  para fiscalizar o funcionamento das fundações que administram a saúde pública do Reino Unido, desde as compras, os serviços, tudo é monitorado. Na proposta de  reforma do governo britânico deles eles querem fundações que vão gerenciar, comprar, contratar privados, exames etc.”, comentou o presidente da Subcomissão do Sus que vai apresentar o resultado desta visita a Comissão de Seguridade Social ainda este mês.

Deu pra entender? Lá eles fiscalizam tudo, inclusive as compras. Aqui, não entendemos como um sistema tão grande e com tanto poder de barganha não faz as suas compras de forma integrada e diretamente dos fabricantes, como qualquer grande empresa.

Se alguém me explicar porque temos que comprar ambulâncias do Vedoim e remédios da empresinha de fundo de quintal do parente de alguém, ganha uma baciada de jabuticabas, uma rapadura e um guaraná Jesus.

Abraços,

Maltez