Senhores senadores,
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A emenda 29 passou pela câmara e agora vai chegar aí no Senado e com ela uma enxurrada de pedidos, ordens, mandados e negociatas para assegurar mais recursos para a Saúde.
No mesmo dia Controladoria Geral da União anuncia a descoberta de licitações fraudulentas, superfaturamentos e irregularidades nos gastos de seis hospitais federais do Rio de Janeiro.
A auditoria investigou contratos de prestação de serviços que podem ter dado um prejuízo de mais de R$ 16 milhões aos cofres públicos, a começar pelas licitações.
No Hospital de Bonsucesso, a suspeita é que o processo tenha sido dirigido. A escolha da empresa de limpeza exigia dos concorrentes registro no Conselho de Psicologia. No Andaraí, a empresa responsável pelo serviço de vigilância foi contratada sem licitação por quase o dobro do preço do contrato anterior. O Hospital da Lagoa pagou até pela limpeza de uma área que estava fechada para obras. No Hospital de Ipanema, o valor de um mês de aluguel de equipamentos de segurança daria para comprar todos os aparelhos da sala de monitoramento.
Até na compra da comida dos pacientes há indícios de fraudes. O Hospital dos Servidores pagou pelas refeições até cinco vezes mais do que o preço da tabela de referência do mercado.
No Hospital Federal Cardoso Fontes, o crime pode estar na lavanderia. Os registros de pesagem da roupa que saia e voltava ao hospital não batem. A roupa limpa, pela qual a empresa cobrava, sempre pesa a mais.
Mas isso é pouco diante dos 45 bilhões que o Padilha diz que a Saúde precisa, dirão alguns, mas multiplica isso por 100 e verão onde a conta do roubo vai parar e se os senhores associarem isto a afirmativa do empresário Jorge Gerdau, presidente da Câmara de Políticas de Gestão do governo Dilma, que defendeu que sem uma melhoria nas estratégias e políticas de saúde, o governo não deve impor ao contribuinte a criação de um novo imposto para o setor, nem que seja no cigarro ou na pinga, qualquer iniciativa dos senhores nessa direção, vai comprovar que os senhores estão coniventes com a roubalheira e que somente estão arrumando novas fontes para novos e velhos roubos.
Se não der pra melhorar a gestão, pelo menos mantenham o nível do roubo onde se encontra, mesmo que o ano próximo seja de eleições.
Abraços,
Maltez
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