Senhores senadores,
Vindo, a observação, de um imortal das letras como Sarney é de se entender que a polícia nada teria a ver com a política. Mas, com tantos indícios, parece que o imortal está errado e neste caso política tem tudo a ver com polícia e a nossa política só evoluirá para o bem quando metade ou mais da política for parar na polícia.
O imortal dos marimbondos de fogo parece não entender, ainda, que o turbilhão de denuncias está ligado à instituições públicas federais tomadas por elementos inescrupulosos originários de indicações políticas com as quais ele, o seu partido e os outros partidos da base do governo têm tudo a ver. Cargos que deveriam ser exercidos por funcionários de carreira, concursados, são ocupados por oportunistas, filiados a políticos, sempre em busca do cabide de emprego na administração pública com o objetivo claro da vantagem pecuniária e que em grande parte termina nas algemas da polícia.
É inconcebível que senadores, deputados e partidos políticos, por terem apoiado a eleição da presidente da República, se arvorem no direito de exigir como recompensa os cargos públicos para seus apaniguados. Isso é uma tremenda imoralidade de troca de favores com amparo legal e só por isso, já não começa como um caso de polícia, mas quase sempre termina.
Não fica bem ao decano do Congresso e por ter sido presidente da pátria, afastar-se do rumo dos acontecimentos dizendo que o caso é de polícia e não de política.
Abraços,
Maltez
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