Porque os Senadores.

Porque o Senado é a Casa revisora das Leis,
Porque o Senado é o poder que fiscaliza o Executivo e
Porque no Senado deveria estar a experiência a serviço do país.

sábado, 20 de agosto de 2011

Fórmula infalível

Senhores senadores da base aliada,

Não se iludam, aquele conselho do Secretário do Ministério da Agricultura ensinando como montar uma empresa de fachada é uma furada. Com o Sistema Vetorial Multifacetado ao lado ou algo semelhante você pode dar um nome à uma ONG e com o auxílio do site http://www.cananet.com.br/embromation/ você prepara um projeto para abocanhar qualquer coisa no governo cumpanhero através de uma emenda parlamentar. São milhares de combinações de motivos e efeitos que a credenciam a executar desde o lançamento de foguetes na Barreira do Inferno até o treinamento de cozinheiras para a Copa coordenado em dupla pelo Ministério do Esporte e do Turismo. Vejam o exemplo a seguir para montar, com quatro frases aleatórias, a apresentação da ONG:

Frase 7450: É fundamental ressaltar que o desenvolvimento de formas distintas de atuação facilita a definição das nossas futuras opções de desenvolvimento sustentável.
Frase 6073: A experiência mostra que a execução deste projeto oferece uma boa oportunidade de verificação das novas proposições.
Frase 9295: Mesmo considerando as adversidades atuais, a atual estrutura de organização exige precisão e definição do nosso sistema de formação de quadros.
Frase 5688: Nunca é demais insistir que a consolidação das estruturas acarreta um processo de reformulação das formas de ação.

Pois bem, depois é só encontrar um frentista e um caminhoneiro que morem numa edícula no fim da periferia do fim do mundo para alaranjar a ONG como o Instituto de Desenvolvimento da Organização Nacional de Excelência Administrativa (puta nome bonito) de Curitiba, acertar com um deputado como o estadual do Paraná – Ney Leprevost que ateste a sua capacidade técnica e pronto, é só sair em campo procurando um Senador ou um Deputado Federal como a Deputada Federal Fátima Palaes para abiscoitar uma emenda no orçamento da União e contratar um lobista como o Júlio Fróes no Ministério da Agricultura.
O exemplo do instituto que pretendia treinar 1.900 turismólogos no Amapá foi um azar, mas tinha tudo para dar certo, começando pelo nome pomposo “Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi)”, - Coisa grande, sustentável, que não diz nada, mas que com umas frases de efeito captadas aleatoriamente no Embromation, ninguém segura. Só não deu certo porque meteram um pastor no negócio e os senhores sabem que dízimo não combina com comissão.

É só partir pro abraço.

Abraços,
Maltez

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