Senhores senadores médicos,
Os senhores conhecem a Rede Sarah? É claro que conhecem, e porque nunca se ouviu falar que alguém morreu nas portas das suas unidades, porque nunca se ouviu falar em falta de recursos e de outras obscenidades mais?
A Rede Sarah, senhores é o seguinte:
É uma rede de Hospitais de Reabilitação gerida pela Associação das Pioneiras Sociais (APS) - entidade de serviço social autônomo, de direito privado e sem fins lucrativos que, tem como objetivo retornar o imposto pago por qualquer cidadão, prestando-lhe assistência médica qualificada e gratuita, formando e qualificando profissionais de saúde, desenvolvendo pesquisa científica e gerando tecnologia.
Observem que o objetivo é retornar o imposto que pagamos, sob a forma de benefícios médicos. Entenderam?
O caráter autônomo da gestão desse serviço público de saúde faz da Associação a primeira Instituição pública não-estatal brasileira.
Os recursos financeiros que mantêm todas as unidades da Rede Sarah provêm exclusivamente do Orçamento da União, em rubrica específica para manutenção do Contrato de Gestão e a Rede Sarah não recebe recursos advindos do número e da complexidade dos serviços prestados, à semelhança do que ocorre com instituições de saúde subordinadas ao SUS.
Viram a diferença? E tem mais - O controle é feito pelo Tribunal de Contas da União, com ênfase na avaliação dos resultados finais dos investimentos garantidos por recursos públicos. A qualidade dos serviços é aferida pelo Centro Nacional de Controle de Qualidade, com padrões universais nas áreas ambulatorial e hospitalar. Perceberam?
E aí lhes perguntamos, para que os senhores perguntem ao Padilha e à Dilma, porque o SUS não funciona assim? Porque é que as porcarias espalhadas pelos estados e municípios, chamadas de hospitais e postos de saúde, que também recebem recursos do Orçamento da União não funcionam assim?
Para não magoar os correligionários, os apoiadores políticos, os governadores e suas corriolas e os prefeitos e as primeiras damas ela não vai lhes responder.
Para que a Saúde no país funcione como na Rede Sarah, a gestão, em todos os níveis não poderia ser “indicada” por políticos, não poderia haver a roubalheira cotidiana e incompetência permanente.
A diferença, senhores, é que a Rede Sarah é gerida profissionalmente, lá não tem comissionados indicados por políticos, lá ninguém rouba e nunca falta o dinheiro orçado. E o mais importante, a Rede Sarah nos respeita como seres humanos e como contribuintes.
Pensem nisso e tenham vergonha, antes de sair pensando em novas CPMFs para aprovarem a emenda 29, em troca de cargos e emendas.
Abraços,
Maltez
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