Povo ovino e bovino

Senhores senadores,

O ministério do Turismo liberou R$ 15 milhões em emendas parlamentares, entre as quais as do ministro, para o seu reduto eleitoral de Barra do Corda no Maranhão que, de tudo, tem nada a ver com o Turismo. As verbas foram parar nos cofres da prefeitura e de empresas fantasmas. O prefeito só não está foragido por conta de um habeas corpus e o ministro continua ministro.

O Japão já deu por concluída a reconstrução de Sendai e outras cidades da costa atingidas e destruídas por um terremoto seguido de um tsunami e o governador Cabral liberou aditivos à contratos sem licitação com a Delta do seu amigo Fernando para obras de recuperação das cidades atingidas pelas chuvas, depois dos desvios de recursos federais nas prefeituras da região serrana. Os prefeitos continuam prefeitos e o Cabral continua governador e o seu Pesão, vice.

O lula depois de deixar a herança maldita com que a presidente Dilma tenta governar, roda o país plantando abobrinhas como candidatíssimo à sua volta em 2014 e o povo e os petistas aplaudem esperançosos.

Aí dizer o que para o correspondente do periódico espanhol – El país, Juan Arias, quando se pergunta porque um povo que se movimenta para a marcha do movimento gay, para a marcha das vadias e para a marcha da maconha não se movimenta contra a corrupção ?  

O Juan deveria ver que dos 190 milhões de brasileiros, 10% são analfabetos totais, 40% são analfabetos funcionais e não entendem nem o que leem e nem o que ouvem, 30% ou estão envolvidos com os gays, com as vadias ou com a maconha, 5% são políticos envolvidos com a roubalheira e 10% são os comissionados de todos os poderes e que dependem dessa roubalheira para sobreviver. Sobram, então, 5% que se indignam contra tudo isso, apoiados por 10% da mídia e pela internet.

Ao analisar este quadro o Juan vai entender que a indignação dos brasileiros contra a corrupção é muito limitada e encontra barreiras num povo que idolatra o Lulismo que os enrola com um agrado de 100 pilas de alguma bolsa em que se agarra para comprar alguma coisa e contribuir com 40 pilas para o fundo da corrupção. Encontra barreiras num povo que quando os filhos morrem por falta de socorro médico se consolam na vontade de Deus. Encontra barreiras num povo que, acima de tudo, para poder sobreviver tem que correr da polícia.

Um espanhol que lutou contra os mouros e o Franquismo nunca vai entender isso!

Abraços,

Maltez